Meditação do Chocolate
Sabe-se hoje que a atenção plena desenvolve a resiliência, ou seja, a capacidade de suportar os embates e as reviravoltas da vida. A atenção plena é um “cair em si” que o vai fazer avançar cada vez mais, de forma bastante espontânea, se dedicar algum tempo a esta prática.
Permite-lhe viver o mundo calmamente e sem julgamento, diretamente através dos sentidos. Dá-lhe um sentido de perspectiva renovado. Pode sentir o que é importante e o que não é.
Sugiro como exercício de atenção plena a “Meditação do Chocolate”, e nela é lhe pedido que tome efetivamente atenção a um pedaço de chocolate à medida que o come.
Escolha um chocolate – de um tipo que nunca tenha experimentado ou que não tenha comido recentemente. É importante escolher uma variedade que não costuma comer ou que só raramente consume. E experimente:
o Abra a tablete. Sinta o aroma. Deixe-o entre em si.
o Parta um quadrado e olhe para ele. Deixe que os seus olhos observem bem a sua aparência, examinando cada bocadinho.
o Ponha-o na boca. Veja se consegue segurá-lo com a língua e deixá-lo derreter, estando atento à mínima tendência para o chupar. O chocolate tem mais de trezentos sabores diferentes. Veja se consegue sentir alguns.
o Se reparar na sua mente a vaguear enquanto faz isto, registe simplesmente para onde é que ela foi e traga-a de novo para o momento presente.
o Depois de o chocolate ter derretido por completo, engula-o muito devagar e deliberadamente.
o Repita isto com o quadrado seguinte.
Como se sente? É diferente do normal? O chocolate soube melhor do que se o tivesse comido a um ritmo acelerado?
Como pode constatar, a meditação não é complicada, nem tem a ver com “conseguir” ou “não conseguir”. Mesmo quando parece difícil, aprende-se sempre qualquer coisa de valioso sobre os processos da mente, tirando-se assim benefícios psicológicos.
Fonte: Mindfulness – Atenção Plena de Mark Williams e Danny Penman.
Tânia da Cunha
Psicóloga Clínica – Psicoterapeuta
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E-mail: tania_cunha_@hotmail.com