Divórcio: “as feridas e a cura”
Terminar uma relação de intimidade despoleta, muitas vezes, o que podemos chamar de feridas emocionais. À semelhança de uma ferida física, o processo de cura faz-se por etapas. Para começar, as feridas têm de ser limpas e tratadas para evitar complicações.
Sabemos que é um processo doloroso mas tem de ser feito para que a cura possa acontecer. O processo completo de cura pode ser rápido ou mais lento e as recaídas podem ocorrer. A duração do processo de divórcio, depende ainda, da forma como cuida de si. Neste sentido, deixo-lhe algumas dicas que poderão ser úteis:
- Procure ajuda e não opte por atravessar esta fase sozinho/a – O apoio é talvez o factor mais importante durante o processo. Apesar de nos ser incutida uma educação para a independência, considero arriscado vivenciar uma crise sem qualquer tipo de apoio. O isolamento pode aumentar o nível de stress, e desenvolver um terreno fértil para o aparecimento de mais problemas.
- Cuide do se “eu” interior – Dê atenção às suas necessidades, sobretudo aquelas que curam e lhe fortalecem a auto-estima e lhe dão sentido à vida. Contemple momentos tranquilos que permitam que as mudanças que ocorrem na sua vida tenham oportunidade de “assentar”.
- Tenha momentos para descomprimir – Se não descansar, o stress acaba por levar a melhor. Distraia-se com um bom livro, uma actividade desportiva, uma tarde passada com amigos ou um passeio tranquilo. Encontre formas eficazes de descomprimir, formas de aliviar alguma da tensão acumulada.
- Mantenha o seu sentido de humor – Mesmo que se encontre agora num período de crise, tente aligeirar as coisas com humor e liberte umas gargalhadas que permita aliviar tensões acumuladas e renovar a esperança e a maneira de encarar o futuro.
- Respeite este período da sua vida. Provavelmente não estava nos seus planos de vida, mas agora está presente, por isso conceda-lhe a sua melhor atenção.
Tânia da Cunha
Psicóloga Clínica/Psicoterapeuta
Tlm: 96 756 44 20
E-mail: tania_cunha_@hotmail.com