Tratamento para a Perturbação de Pânico
Imagine que… sem qualquer motivo aparente, de repente, começa a ter vertigens, tonturas, taquicardia (palpitações, coração acelerado), transpiração, sensação de falta de ar, formigueiros, calafrios, entre muitas outras sensações corporais desagradáveis. Ao mesmo tempo, tem a forte impressão de estar a perder o controlo sobre o seu corpo ou enlouquecer e tende a acreditar que está a desmaiar ou até mesmo a morrer (por ex., sensação de morte iminente por ataque cardíaco, asfixia ou acidente vascular cerebral). Estas crises, que são geralmente súbitas, repentinas, imprevistas, espontâneas e recorrentes, são denominadas de crises de pânico, ou seja, de ansiedade (medo) aguda.
Tratamento para a perturbação de pânico
O ponto crucial no tratamento da Perturbação de Pânico reside em não errar o diagnóstico. Antes de iniciar qualquer tratamento para a perturbação de pânico, é importante despistar com recurso a exames médicos, quaisquer causas orgânicas que possam estar a originar os sintomas semelhantes ao pânico. Nesta linha de raciocínio, ao receber o diagnóstico de perturbação de pânico deverá ser informado das opções de tratamento e das vantagens e desvantagens de cada opção. A título de exemplo explicativo, algumas intervenções podem envolver os seguintes componentes:
- Psicoeducação – informação e educação acerca do início e desenvolvimento da perturbação de pânico, modelos cognitivos da perturbação e métodos de tratamento.
- Treino de competências para lidar com sintomas de ansiedade: controlo respiratório, treino de relaxamento, estratégias de prevenção de recaída.
- Terapia cognitiva para reestruturação e modificação das crenças disfuncionais associadas ao medo das sensações corporais.
- Exposição às sensações somáticas temidas.
- Terapia cognitiva mais exposição aos estímulos receados.