Porque havemos de ter medo de ser felizes?
Diz-se que as crianças brincam, que os jovens se divertem, que os adultos são responsáveis. E há ainda quem considere que, à medida que ficamos mais velhos, o natural é termos uma vida menos divertida e alegre, como se o direito à felicidade fosse algo que se vai perdendo com o tempo. Não é verdade, saber apreciar a vida, saborear aquilo que ela nos dá, cada um tem de o aprender por si mesmo.
Todos nós sabemos que sermos felizes é o nosso desafio mais importante. Ainda assim, acredito que seria mais do que suficiente ocuparmo-nos melhor, de um modo mais saudável e entusiasta, de tudo aquilo que nos impede de sermos felizes.
Conhecermo-nos é um processo, uma tarefa inesgotável, um desafio… É sabermos bem quais são os nossos pontos fortes e os nossos pontos fracos, do que gostamos e do que não gostamos, o que queremos e o que não queremos.
O caminho da felicidade implica o tomar consciência de quem somos, é reconhecermo-nos, estarmos numa constante aprendizagem sobre nós próprios e desfazermo-nos dos enganos que encontramos pelo caminho que envolve muita coragem e muito trabalho pessoal connosco mesmos.
Está nas nossas mãos treinarmo-nos em cada dia a pensar nas coisas boas que, nesse dia, nos aconteceram, saboreando-as, procurando o significado de cada passo que damos.
Saborear a vida é uma aprendizagem. E a felicidade é, acima de tudo, estar atento às coisas simples da vida, aproveitando o instante que passa.