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No Entrelaçar Dos Laços Afectivos

No entrelaçar dos laços afectivos

Logo desde o nascimento que o papel da mãe se destaca com aquilo que podemos chamar de vinculação, enfatizando o cariz emocional ou afectivo. Inicialmente, a mãe funciona como uma ponte para o mundo, pela qual a criança vai estruturando os primeiros conteúdos, que são uma espécie de representações do mundo que a criança interioriza como benéficas ou ameaçadoras.

A confiança que a criança deposita na mãe cria condições para que o ego infantil desenvolva uma relação optimista com o mundo. O modo como a mãe elabora esses conteúdos e os vai transmitindo à criança em desenvolvimento, é fundamental para o seu equilíbrio emocional. Uma relação deficiente da criança com a mãe, transmissora das primeiras noções e impressões, compromete a sua evolução psico-afectiva. Quantas vezes já não assistiram uma mãe a transformar inquietação em segurança, desconforto em bem-estar, tornando tolerável a angústia, fazendo o filho sentir-se amado e compreendido.

Fala-se muito da interacção mãe-bebé nos primeiros tempos de vida como organizadora do psiquismo do bebé. No entanto, o pai não tem um papel menos importante. Parece que os bebés ficam vinculados aos pais bem como às mães, mas outros indícios indicam que estas duas vinculações possuem algumas características diferentes. Estudos demonstram que é mais provável que os pais brinquem com os filhos do que as mães. Além disso, as suas brincadeiras são mais físicas e vigorosas, podem levantar e balançar os bebés ou lançá-los no ar. Ao contrário, as mães geralmente brincam de forma mais calma com os bebés e realçam mais interacções verbais do que as físicas. Em consequência, enquanto a mãe é aquela a quem é mais provável que a criança recorra para obter carinho e conforto, o pai é frequentemente o companheiro de brincadeira preferido.

Em ultima análise, a vinculação pode ser entendida como a tendência apresentada pelas crianças, ou bebés, para estabelecer laços afectivos com a mãe ou outrem que cuide deles desde o nascimento. Estudos demonstram que a vinculação não é provocada pelo facto de a mãe os alimentar mas porque é sentida como consoladora. Se a vinculação precoce não se verificar, o desenvolvimento psicológico poderá ser seriamente prejudicado, constatando-se logo em bebés casos de ansiedade provocado por carência afectiva.

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