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E Se Pudesse Criar Espaço Entre Os Pensamentos?

E se pudesse criar espaço entre os pensamentos?

Os nossos pensamentos fazem de tal forma parte de nós que mesmo quando estamos em momentos de pausa, relaxamento ou até a meditar tendemos a aceitar o mundo das ideias e dos conceitos como sendo a nossa realidade. Com a aprendizagem de algumas técnicas de tomada de consciência, como é o exemplo da prática do Mindfulness, uma das primeiras coisas que nos damos conta é da quantidade de pensamentos que acompanham cada coisa que fazemos. Tornamo-nos conscientes de que a mente parece nunca deixar de pensar.

Algumas pessoas assumem mesmo que a prática do Mindfulness, os está a fazer pensar mais do que pensavam antes de iniciarem a prática. Na realidade, o que acontece é muito diferente. É mais como se eles tivessem estado o tempo todo a pensar, mas a diferença é que estão conscientes disso.

Engana-se quem considera que o Mindfulness envolve tentar “fazer da mente um vazio”. Em vez disso, tentamos estar atentos ao que quer que seja que esteja a acontecer, momento a momento, incluindo os nossos pensamentos. Tentamos abrir espaço para eles, observando-os como pensamentos, e deixando-os estar.

O espaço entre os pensamentos é como um intervalo entre este momento e o futuro. Este pensamento passou, mas o pensamento futuro ainda não existe. Na verdade, esta presença da consciencialização não está relacionada com o passado nem com o futuro; nem sequer está relacionada com a nossa ideia habitual presente.

Curiosamente, quando encontramos este espaço entre os pensamentos, podemos expandi-lo a uma experiência profunda e enriquecedora. Ao expandirmos a calma do espaço entre os pensamentos, a mente perde gradualmente a sua inquietude e o estado natural da mente começa a revelar-se.

No espaço entre os pensamentos, vemos que a mente em si é o espaço, transparente e sem forma. Verificamos que os nossos pensamentos também não têm forma. Quando passamos directamente por esta sensação de abertura e de espaço, deixamos de estar confinados aos compartimentos de conceitos, palavras e imagens que restringiram até ao momento a nossa experiência.

Disponha agora de alguns momentos para olhar directamente para os seus pensamentos que surgem na sua mente. Como exercício, pode fechar os olhos e imaginar-se sentado no cinema para um ecrã vazio. Simplesmente espere que os pensamentos surjam. Porque não está a fazer nada excepto esperar que os pensamentos surjam, pode muito rapidamente tornar-se consciente deles. Que pensamentos são exactamente? O que lhes acontece? Lembre-se que os pensamentos são como aparições que parecem reais quando estamos perdidos neles e que desaparecem quando os inspeccionamos com atenção.

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