“Desencaixotemos as nossas emoções”
A aquisição e o desenvolvimento de competências emocionais proporcionam um apoio diferenciado que permite expressar assertivamente as emoções. Se não se exprimem as emoções ou se estas não são trabalhadas quando surgem, ficam reprimidas.
Precisamos de conhecer os nossos padrões e tendências de sentimentos para reagir de determinadas formas. É só quando temos consciência deles que podemos ver como estes influenciam o nosso comportamento.
O processo de psicoterapia facilita o libertar das emoções. Como?
Aprender as expressar emoções. Isto pode acontecer de modo controlado, fazendo um passeio ou um trabalho ao ar livre e pode também ocorrer de formas menos contidas através de técnicas terapêuticas específicas para o efeito.
Aperfeiçoar o conhecimento de si próprio e das situações. A libertação das emoções pode vir acompanhada de conhecimentos que facilitam o aprofundamento que temos sobre nós próprios e sobre a situação.
Tomar decisões. Se a libertação de emoções elucidou as ideias e surgiram novos conhecimentos que enriqueceram as nossas perceções, então estaremos mais aptos a planear e a produzir mudanças construtivas na nossa vida.
Existem inúmeras maneiras de facilitar o contacto com os nossos sentimentos, o certo é que o pior que podemos fazer é negar o que sentimos e o que necessitamos. Mais tarde ou mais cedo, pagamos a nível físico e psicológico, as consequências por o fazermos. Também não é desejável uma vida, invadida por uma emoção descontrolada, pois esta também é produto da negação e repressão. Não podemos deixar de sentir o que sentimos, nem de necessitar o que necessitamos. Podemos sim, ter a liberdade de escolher o que queremos fazer.
O processo de psicoterapia tem como objetivo crucial promover o desenvolvimento das potencialidades de cada um de nós, ou impulsionar o desbloqueio do que impede esse desenvolvimento. Para tal, “é importante que o terapeuta seja capaz de ser, fazer e favorecer: as atitudes básicas da relação, como a consideração positiva incondicional, a empatia, a autenticidade e respeito; o colocar hipóteses e não diagnosticar; ter em mente que somos seres em processo, estamos sempre a “ser”; cada pessoa é a autoridade última sobre si; ser uma presença presente frente ao outro; valorizar a novidade, pois é ela que pode potenciar a transformação interna; valorizar a diferença, pois o intercâmbio apenas ocorre entre seres diferentes; e por último, mas não menos importante o terapeuta deverá valorizar a experiência, o nosso melhor guia é a nossa própria experiencia, ela é o critério último da verdade pessoal” (Polit, 2009).