Estar deprimido não é ser preguiçoso!
A depressão caracteriza-se por um estado prolongado de tristeza e desinteresse pela vida. Quando estamos deprimidos, parece que temos uma nuvem densa de tristeza que cobre a nossa vida. A coisa mais pequena torna-se difícil de fazer e actividades que anteriormente nos eram queridas e agradáveis são abandonadas, ao mesmo tempo que nos sentimos invadidos por um enorme cansaço persistente e falta de energia.
Em momento algum, a depressão deve ser confundida com sentimentos de tristeza como “estar em baixo” ou “desmoralizado”, que são geralmente reactivos a acontecimentos da vida e transitários. Trata-se duma doença: uma perturbação do humor, isto é, uma disposição emocional a longo termo, duradoura, que afecta significativamente o rendimento no trabalho (ou escolar), a vida familiar, afectiva e o simples existir do doente, que sofre intensamente.
Muito embora, os estados depressivos abracem sentimentos de tristeza ou vazio, nem todos os doentes relatam essas sensações. Muitos referem, sobretudo, a perda da capacidade de experimentar prazer nas actividades em geral e a redução de interesse pelo meio externo. Frequentemente associa-se à sensação de fadiga ou perda energia. No entanto, para o diagnóstico de depressão levam-se em conta os sintomas psíquicos, os fisiológicos e evidências comportamentais.
Principais sintomas de depressão:
- Sentimentos de tristeza e de vazio.
- Perda de interesse e prazer nas actividades diárias.
- Diminuição da energia, fadiga e lentidão. Irritabilidade, tensão ou agitação.
- Sensações de aflição com tudo, receios infundados, insegurança e medos.
- Perturbação do apetite (com ou sem variação de peso).
- Perturbação do sono.
- Perturbação do desejo sexual.
- Pessimismo e perda de esperança.
- Sentimentos de culpa, de auto-desvalorização e ruína.
- Alterações da concentração, memória e raciocínio.
- Sintomas físicos não devidos a outra doença (por exemplo, dores de cabeça, perturbações digestivas, dor crónica, mal-estar geral).
- Ideias de morte e tentativas de suicídio.
Se considerar necessário não deixe de procurar ajuda para recuperar o seu bem-estar e prazer de viver. Lembre-se que pedir ajuda quando é preciso é uma medida de coragem, determinação e auto-cuidado.