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A anorexia nervosa

 
A anorexia nervosa apresenta características como: a recusa em manter o peso adequado à idade e à altura; o medo intenso de ganhar peso ou de se tornar gordo, ainda com peso abaixo do normal; perturbação no modo de vivenciar o peso ou a forma do corpo; influência indevida do peso ou da forma do corpo sobre a auto-avaliação, ou negação do baixo peso corporal actual; nas mulheres pós-menarca, amenorréia, ou seja, ausência de pelo menos três ciclos menstruais consecutivos.
A anorexia incide quase exclusivamente sobre as mulheres. Trata-se de um quadro em que o/a doente apresenta medo de engordar, por esse motivo reduz a quantidade de alimentos ingeridos e exclui da sua alimentação tudo aquilo que percebe como sendo altamente calórico, a maioria opta por alimentos com poucas calorias e escasso valor nutritivo, chegando até a jejuar. Outras vezes, sempre com o objectivo de perder peso, optam pela purgação (indução de vómitos ou uso impróprio de laxantes e diuréticos) bem como exercício físico intenso e/ou excessivo.
Existe uma distorção da imagem corporal, o que faz com que a pessoa se sinta gorda mesmo quando está com seu peso muito abaixo do indicado.
A perda de peso é tida como vitoriosa e um sinal de extraordinária autodisciplina, enquanto o ganho de peso é entendido como um fracasso do autocontrole.
A anorexia nervosa apresenta uma mescla de perigosidade que provoca a morte de 20% dos pacientes.
A Gestalt-terapia contribui para o tratamento de transtornos alimentares, nomeadamente para a anorexia nervosa, uma vez que é alvo de atenção o funcionamento metabólico e o psicológico e entende que este paciente age na vida da mesma forma como age com a comida. Tem por base uma visão holística, trabalha a pessoa no contexto em que está inserida, a partir da tendência ao equilíbrio do próprio organismo. Por outras palavras, o indivíduo, na procura da satisfação completa das suas necessidades, ajusta-se ao meio.
Durante o processo psicoterapêutico, o paciente aumenta sua capacidade de awareness, isto é, a consciência de si próprio.
Outro objectivo da terapia é desenvolver o auto-suporte do paciente para que ele confie mais em si e possa “andar mais com as suas próprias pernas”, aumentando desta forma a sua auto-estima e autoconfiança.
O tratamento com a família é também muito importante, já que normalmente é com quem o paciente se relaciona na maior parte de seu tempo. Se o paciente e o meio em que ele vive forem alvo de intervenção, o tratamento produzirá mais efeito.  
Em jeito de conclusão provisória, é necessário preparar o paciente e a família para eventuais recaídas durante ou após o tratamento, pois o processo de eliminação dos sintomas acima descritos, é uma longa caminhada.
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