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Viver Ou Esforçar-se “na” Perturbação Obsessivo-compulsiva

Viver ou esforçar-se “na” perturbação obsessivo-compulsiva

Parece que algumas pessoas são um “pouco” obsessivo-compulsivas, o que muitas vezes é benéfico para si próprias e para as pessoas que as rodeiam. No entanto, o diagnóstico de Perturbação Obsessivo-Compulsiva está reservado para aqueles cujas vidas são afetadas pelos seus sintomas. Na sua forma grave, a Perturbação Obsessivo-Compulsiva encontra-se entre as perturbações mentais mais incapacitantes.
A perturbação obsessivo-compulsiva (POC) é uma perturbação heterogénea que se caracteriza pela presença de obsessões e/ou compulsões que consomem tempo ou interferem de forma significativa nas rotinas diárias do indivíduo, no seu trabalho, na sua vida familiar ou social, causando acentuado sofrimento.
Os critérios do DSM-IV-TR descrevem a obsessão como um pensamento recorrente, persistente, intrusivo e inapropriado que provoca acentuada ansiedade e mal-estar, não constituindo uma preocupação simplesmente excessiva em relação aos problemas da vida corrente. A pessoa com uma obsessão tenta suprimi-la ou neutralizá-la, reconhecendo que ela é produto da sua própria mente.
As compulsões definem-se como comportamentos ou atos mentais repetitivos que o indivíduo se sente forçado a realizar, a fim de diminuir o mal-estar causado pela obsessão ou para impedir a concretização da catástrofe com a qual se encontra obcecado. Contudo, a relação entre estes comportamentos compulsivos e aquilo que eles se destinam a impedir não é realista. Mais de 90% das pessoas com Perturbação Obsessivo-Compulsiva têm obsessões e compulsões; porém, um pequeno número parece ter apenas obsessões ou compulsões.
De modo sucinto, as obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens acompanhados por ansiedade, ao passo que as compulsões são atos ou pensamentos destinados a neutralizar a ansiedade.
As obsessões mais comuns são pensamentos repetitivos acerca da contaminação (por exemplo, ficar contaminado por apertar a mão), dúvidas repetidas (por exemplo, pensar se executou ou não determinado ato, tal como ter ferido alguém num acidente de viação ou ter deixado a porta da rua sem ser fechada), necessidade de ter de fazer as coisas segundo uma ordem particular (por exemplo, mal-estar intenso quando os objetos estão desordenados ou assimétricos), impulsos horríveis ou agressivos (por exemplo, ferir o seu próprio filho ou gritar uma obscenidade na igreja) e imagens sexuais (por exemplo, uma imagem pornográfica recorrente).
Compulsões são comportamentos repetitivos (por exemplo, lavagem das mãos, ordenação de objetos, verificações), ou atos mentais (por exemplo, rezar, contar, repetir palavras mentalmente, cujo objetivo é evitar a ansiedade ou o mal-estar e não criar prazer ou gratificação. Por definição, as compulsões ou são claramente excessivas ou não estão relacionadas de modo realista com o que pretendem neutralizar ou prevenir. As compulsões mais comuns relacionam-se com lavagens e limpezas, contagens, verificações, pedir ou exigir permissão, repetir ações e ordenar objetos.
Em jeito de conclusão, a perturbação obsessiva-compulsiva é uma patologia que abarca limitações sérias para a vida de quem a vivência, interferindo na sua vida social, profissional/escolar e familiar, sendo portanto indispensável que quem padece desta doença receba ajuda especializada o mais precocemente possível.
 
Tânia da Cunha
(Psicóloga Clínica/Psicoterapeuta)
 Tlm: 96 756 44 20                
 E-mail: tania_cunha_@hotmail.com
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