Não deixe que os conflitos estraguem a sua noite de Natal…
Quando as famílias se reúnem em ocasiões festivas, as tensões e a dinâmica familiar podem na verdade provocar algum mal-estar e stress.
E na realidade, não é possível forçarmo-nos a sentir uma determinada emoção por quem quer que seja, mesmo que se trate de familiares, nomeadamente, “familiares dos quais não se gosta muito”. Mesmo o facto de ser uma época festiva como o Natal, não garante que existam emoções positivas, porque elas dependem da nossa interpretação. O que podemos fazer é esforçarmo-nos por encontrar um significado positivo no contacto, reformulando e descobrindo um valor positivo em algumas actividades e tendo presente que as sensações desagradáveis promovidas pela presença desses familiares são temporárias. Neste sentido, deixo-vos algumas estratégias que podem ajudá-lo a lidar com familiares mais difíceis ou desagradáveis e deste modo, evitar ou gerir possíveis conflitos:
– Saiba qual é a história da pessoa e o que é que “mexe” com ela, quanto mais souber sobre alguém, melhor irá compreender. Experimente e vai com toda a certeza perceber que o comportamento do outro se vai tornando menos irritante e perturbador. Lembre-se que conhecer o outro pode facilitar a redução dos sentimentos de tensão.
– Andar a evitar uma pessoa não o irá ajudar a desenvolver melhores estratégias para lidar com ela. Poderá até acabar por aumentar o nível de stress cada vez que se sentir forçado a ter que interagir.
– Experimente aceitar a pessoa tal como ela é. Não precisa de ser como ela. Simplesmente, reconheça as suas características de um modo neutro, sem a julgar ou reagir.
– E se lhe apetecer, porque não passar algum tempo com a pessoa para descobrir interesses e pontos de vista comuns. À primeira vista, pode parecer que está a cumprir uma pena, mas é provável que dê por si surpreendido com aquilo que pode surgir.
Tenha presente que a crítica assume um papel importante, quando o seu objectivo é educativo, que contemple a intenção de corrigir uma situação em particular e não como forma de pura expressão de agressividade, ou manifestação de “poder” como podemos assistir por parte de algumas pessoas. E a título de curiosidade, por detrás de uma atitude crítica constante pode habitar alguém que revela pouco amor por si próprio e torna-se um “perito” na crítica aos outros, descobrindo e apontando os defeitos de quem está à sua volta. Claramente, estas acusações são sempre auto acusações, embora não o perceba, projecta nos outros as características que rejeita em si próprio.
Em última análise, não entre em conflitos familiares, fique afastado e mantenha-se como observador. Observe a dinâmica familiar sem fazer juízos de valor. No limite, evite reuniões de família se achar que os seus familiares são demasiado desagradáveis. Ou opte por fazer uma visita rápida.