Mapear a criatividade
É muito fácil associarmos a palavra “criatividade” à palavra artista. E para aqueles que não se consideram artistas torna-se fácil desistir de ser criativo. Contudo a criatividade pode ser utilizada em todas as áreas, desde negócios, a conversas, até nas nossas rotinas diárias.
Muitas vezes ficamos sem saber o que fazer, ou fazemos sempre a mesma coisa em diferentes situações. É importante criar hipóteses, abrir bem o leque de ideias possíveis. Isto porque a originalidade pode trazer muita motivação às nossas rotinas.
Deixo-lhe um desafio, dê o primeiro passo para treinar a sua criatividade:
- Pense em alguma coisa que quer criar. Um tópico a partir do qual gostaria de desenvolver algo novo, ou um objetivo, ou um desejo, ou simplesmente algo que tem de fazer, mas que gostaria de fazer de forma diferente. Escolher uma ou duas palavras que representem o que é central. Pode ser, por exemplo, “festa de anos”, ou “jantar de amigo”, ou “viagem a trabalho”, ou “texto para escrever”.
- Agora escreva o tema no centro de uma folha e desenhe um círculo à volta.
- Pergunte a si próprio: “O que posso acrescentar ao mapa que está relacionado com o tema?”. Partindo do centro vá escrevendo todas as ideias que surgirem. Se surgirem ideias que parecem clichés ou muito óbvias, não se critique, escreva e continue. Escreva tudo o que surgir, sejam ideias normais, malucas ou completamente utópicas. Neste momento não estamos a escolher, por isso escreva sem filtro.
- Use cada uma das ligações para criar outras novas ligações. Se vir que uma ideia vai levar a um novo grupo de ideias, desenhe um retângulo à volta dela. Assim vai perceber que se trata de uma ideia principal.
- Continue… à medida que o mapa aumenta, também a sua mente se vai abrindo a novas ideias.
- O mapa termina quando estiver cheio de ideias. Se ainda não estiver satisfeito, experimente reformular o tema central e fazer outro mapa mental, para conseguir uma nova perspetiva. Se sente que já é suficiente, decida que ideias deseja concretizar.
Recorrendo a mapas mentais torna-se possível ultrapassar o medo da página em branco. O fato de criarmos um mapa e não uma lista facilita o processo criativo, pois dá aso a muito mais ideias.
Depois de a sua imaginação navegar sem limites, chega o momento de perceber que ideias é que são “fazíveis”. Olhe para a sua lista de ideias e tente encontrar forma de as concretizar. Este é o passo em que pode transformar ideias utópicas em ideias palpáveis.
Tenha atenção a padrões de ideias, e tire delas ideias inovadoras. Guarde os seus mapas mentais para podere voltar a eles mais tarde, seja para tirar ideias, seja para os completar com novas ideias. Isto porque um mapa mental, assim como o processo, nunca está completo.
Se tiver um mapa mental pequeno, ou se não está feliz com ele, guarde-o por um tempo, saia de casa, dê um passeio, veja um filme, ou experimente algo diferente, e verá que a inspiração vai aparecer. Depois pode voltar a abrir o mapa e continuar a criar. O processo criativo não se pode forçar, por vezes não é o melhor momento, e por isso podemos ter de esperar e experimentar algo novo para a ideia surgir.
Por fim, falta criar aquilo a que se propôs. Aqui é muito importante que se empenhe, esforçando-se para fazer o melhor possível, mas tentando sempre não ser perfecionista. Respeite a diferença entre a ideia ideal e a ideia real. Inove a cada momento!