Acalme os medos do seu filho no processo de divórcio
Assegure, aos seus filhos, que eles ainda têm família mas agora em dois lares, em vez de um.
Seja o adulto. Mostre, pelos seus actos, que consegue enfrentar os problemas e que os seus filhos podem confiar em si. Explique-lhes que a separação ou o divórcio é assunto de adultos entre a mãe e o pai.
Dê possibilidade aos seus filhos de poderem dar a sua opinião mas assuma a responsabilidade pela decisão final. Respeite as necessidades, desejos e opiniões dos seus filhos.
Forneça estrutura e previsibilidade. Um sentido de ordem é um ingrediente fundamental para fortalecer a segurança, continuidade e assegurar que as coisas estão sob controlo.
Apoie o outro progenitor e facilite-lhe as coisas para ele ou ela terem uma boa relação com os seus filhos. Não fale mal dele ou dela nem tente virar os seus filhos contra ele ou ela.
Facilite ao outro progenitor o acesso que está a acontecer com os seus filhos. Os seus filhos precisam que vocês os dois estejam em contacto e atentos às suas necessidades, alegrias, sucessos, preocupações, saúde e progressos.
Nunca ameace abandonar os seus filhos, nem mesmo na esperança de que assim lhe obedeçam. É desonesto ameaçador e pode fazer com que percam o respeito e a confiança que sentem por si.
Mantenha um calendário, de fácil leitura, que os seus filhos possam consultar em qualquer momento. Mostre-lhes onde vai ser o outro lar. Leve-os consigo quando for ver apartamentos ou casas.
Reconheça e reaja aos sinais de perigo. As crianças são resistentes mas só até um certo ponto.
Não dê a entender aos seus filhos que poderá vir a reconciliar-se com o outro progenitor. Alimentar novas falsas esperanças não vai ajudá-los a adaptar-se à vida nova.
Sossegue os seus filhos repetidamente, durante os primeiros dois anos, após a separação. Esta atitude, da sua parte, é muito importante para a sensação de segurança dos seus filhos, em particular através de actos e de manifestações de afecto.
“Ofereça-se” aos seus filhos. Dê-lhes momentos em conjunto, contactos quando estiverem separados, a sua atenção, a sua presença física, assim como o seu amor; abraços, cotoveladas, risos e encorajamento. Tente não deixar estas coisas a cargo de amas, treinadores ou familiares. Os seus filhos precisam é de si em primeiro lugar.
Tânia da Cunha
Psicóloga Clínica/Psicoterapeuta
Telemóvel: 967564420
E-mail: tania_cunha_@hotmail.com